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O doping sempre ele, é o tema central do ciclismo: Até quando ?

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Mensagem por Tiago Ferreira Sex 12 Dez 2014 - 10:34

Paolo Slongo, o treinador de Vincenzo Nibali, negou furiosamente que tenha existido quaisquer tipos de ligações entre ele e o médico Michele Ferrari. Slongo reagiu assim às acusações publicadas no jornal italiano La Repubblica , que davam conta de uma série de encontros entre os dois . “

“ Li os artigos, no La Repubblica, e isso não é para ser levado a sério, porque é desprovido de qualquer veracidade” – afirmou Slongo ao site VeloNews . “Este tipo de informação descredibiliza a minha imagem e o meu trabalho. “

Para além de Slongo, também Nibali e Tiralongo não gostaram da notícia publicada e vão denunciar na justiça italiana, os jornalistas autores da notícia.

O problema do ciclismo continua a ser o doping, as notícias, algo vagas, na sua maioria redigidas em suspeitas, algo que o Presidente da UCI já comentou, ao afirmar : “ que o ciclismo luta verdadeiramente contra o doping e está na vanguarda em relação a outras modalidades.”.

O caso é que o ciclismo nunca soube lidar com o tema, deu o flanco por várias vezes e permite demasiadas interferências, ao contrário das outras modalidades, cujas decisões passam em claro, sem que os seus dirigentes interfiram no processo.

Agora, em Itália, um processo “ Processo de Padua” põe a descoberto a ligação de 38 ex-atletas, com o médico Michele Ferrari, em factos ocorridos em 2010 e 2011, o que pressupõe uma informação contínua sobre a matéria. Longe de afastar este tipo de notícias, a UCI envolve-se no assunto, e a modalidade não se livra de um constante remoinho de notícias, que a desgastam e descredibilizam.

Longe de viver do presente e do futuro, os dirigentes velocipédicos preocupam-se em demasia com o passado, e nunca souberam lidar com o problema. Castigam-se atletas com penas de suspensão, mas, cumprida a sanção, perseguem-nos e criam dificuldades para a sua inserção no meio velocipédico, ao contrário da sociedade civil, que cria programas de reinserção social para os presidiários que voltam à vida ativa, cumprida a sua pena e aplicam penas desproporcionais e diferentes, conforme o passado desportivo de um atleta, numa espécie de vale tudo, em termos judiciais.

O problema é que no ciclismo todos falam, como o caso de Bernard Hinault, e só faltará saber se , no seu tempo, as coisas não se passariam de forma semelhante, só que, com recurso a outro tipo de produtos, pois a EPO ainda não era conhecida. Todos acusam, todos falam, mas todos se esquecem do passado que vivenciaram, e que deram origem a uma cultura, que foi passando de geração em geração.

Numa tentativa do record da hora, Jacques Anquetil diria mesmo que não o conseguiria só a comer bifes. Uma cultura que era tolerada, mesmo pela Comunicação Social, que aceitava vagamente o problema. Como aliás sucedeu quando Lasse Viren derrotou Carlos Lopes , á custa de uma transfusão sanguínea , ato que mesmo decorrente nos Jogos Olimpicos não lhe foi dada importância, embora tivesse sido do conhecimento público e utilizada mesmo como uma técnica para melhorar a performance desportiva de… forma científica.

Afundando-se, cada vez que abordam o problema, dirigentes e ex-atletas o melhor que teriam a fazer era calarem-se de vez, e mandarem, os dirigentes, arquivar todos os processos que pertencem ao passado, e olharem de frente para o presente e o futuro e castigar, isso sim, todos aqueles que, pertencendo à modalidade, opinassem sobre o assunto.

Para nos ajudar um pouco nesta confusão disciplinar, que a UCI tão zelosa diz ser, um caso paradigmático chamou a atenção e a devida comparação: a suspensão para toda a vida de Lance Armstrong , por ter ganho sete vezes o Tour, mas curiosamente, Richard Virenque, vencedor do Prémio da Montanha do Tour por sete vezes, e alvo do escândalo Festina, passou incólume a qualquer castigo.

Tiago Ferreira
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